O acesso aos absorventes, seja através de preços baixos, distribuição gratuita ou até mesmo a confecção própria, é ponto crítico para o combate à pobreza menstrual. No Brasil, 26% de mulheres e meninas não têm dinheiro para comprar absorventes todos os meses.

A falta de absorventes impacta na formação de meninas e mulheres e, consequentemente, em seu desenvolvimento profissional, influenciando de forma negativa a equação que tem como resultado, a desigualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho. No Brasil, 28% de mulheres e meninas já faltaram na escola por não terem absorventes.

A nossa ideia de autonomia na re.ciclos é possibilitar dignidade, capacitação, independência financeira e liberdade para as redes de costura que nos apoiam (em maioria formadas por mulheres), para que possam mostrar suas competências, seu trabalho e com isso realizarem seus sonhos e de suas famílias.

Através do acesso a absorventes e educação menstrual, ajudamos na prevenção de doenças. Além disso, sabemos que a composição dos absorventes descartáveis pode causar e/ou agravar doenças, além de poder causar alergias. Por isso, produzimos, vendemos e doamos absorventes de tecido hipoalergênicos.

Absorventes reutilizáveis duram, pelo menos, 2 anos. Cada pessoa que menstrua joga no lixo, em média, 10 mil absorventes durante a sua vida fértil. Esses absorventes são compostos por plástico, que demora de 100 a 400 anos para se decomporem no meio ambiente.

E porque duram, pelo menos, 2 anos, não precisam ser comprados todos os meses. A economia financeira, quando comparamos com os gastos com absorventes descartáveis, pode chegar a 9x durante a vida fértil.